Conheça alguns dos benefícios da Cannabis para o tratamento de dores crônicas!
A Medicina não para. Constantemente, novas descobertas são feitas e estabelecidas como ótimas formas de tratamento. Além disso, procedimentos estão constantemente sendo desenvolvidos com o objetivo de otimizar os tratamentos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
No entanto, nem sempre a inovação na Medicina tem origens tecnológicas. Muitas vezes, ela vem de elementos naturais, e há muito conhecidos, mas pouco explorados no passado. Um desses exemplos é a Cannabis Medicinal.
Neste post, falaremos sobre a relação entre dor crônica e Cannabis Medicinal. Como será que esses temas estão interligados? Confira os detalhes e saiba como implementar esse poderoso medicamento em sua rotina clínica!
Quais são as principais dores crônicas?
Antes de falarmos sobre os efeitos da Medicina Canabinoide, é preciso relembrarmos o que são as dores crônicas e quais são as mais frequentes. A sua definição engloba as dores que persistem por um período maior do que três meses ou um mês, em caso de lesões agudas. Além disso, é o nome dado a qualquer desconforto decorrente de uma doença também crônica.
Como exemplo, temos as dores causadas por problemas que não têm cura, como é o caso de alguns tipos de câncer, artrite e outras doenças degenerativas. Além disso, podemos mencionar as dores causadas pela diabetes, fibromialgia, cefaleia, entre outras.
Elas podem ser tratadas com várias abordagens, que vão desde a medicamentosa até a fisioterapêutica. Além disso, o uso de medicações fitoterápicas é uma boa alternativa para a Medicina Integralista, favorecendo a melhora do quadro clínico do paciente sem a ocorrência de tantos efeitos colaterais.
É aí que entra a Medicina Canabinoide, uma abordagem terapêutica que utiliza compostos naturais e minimamente processados, com a vantagem de ter efeitos adversos que são muito sutis, em grande maioria dos casos.
O que é a Medicina Canabinoide?
Agora, chegou a hora de falarmos sobre a Cannabis Medicinal. Afinal, o que é essa nova e empolgante divisão da Medicina?
Ela corresponde aos tratamentos feitos a partir de compostos extraídos das plantas do gênero Cannabis, mais especificamente, da Cannabis sativa. Algumas das substâncias mais comuns são o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD), embora existam muitos outros.
Eles podem ser administrados de várias formas. O uso mais comum é o do óleo, em gotas, mas também é possível colocá-lo em cápsulas, chás, inalações, e várias outras formas, como o uso tópico dos compostos.
Quais são as evidências do uso de Cannabis Medicinal na dor crônica?
O uso de canabinoides no tratamento de dores crônicas tem sido bem estabelecido nos últimos anos, a partir de acompanhamento de pacientes e muitos estudos que são divulgados com o propósito de pavimentar o seu uso na Medicina.
Confira, a seguir, alguns exemplos de publicações que falam sobre o tema:
- Cannabis for Chronic Pain: Challenges and Considerations;
- Systematic Review and Meta-analysis of Cannabis Treatment for Chronic Pain;
- Cannabis-Based Products for Chronic Pain;
- Uso terapêutico da cannabis medicinal em dores crônicas;
- O uso fitoterápico do Canabidiol no tratamento de dores crônicas: uma revisão de literatura.
Esses são apenas alguns exemplos! Você pode encontrar vários outros artigos sobre o tema na internet.
Como a Cannabis atua nessas dores?
Para entendermos como a Cannabis funciona, precisamos antes conhecer o sistema endocanabinoide. Ele faz parte do organismo humano e é composto por diversos receptores, que estão espalhados por todo o corpo.
Eles são ativados pelos compostos canabinoides e estão encarregados de regular as funções vitais do organismo, como a fome, a sede, o sono e, claro, a dor. Quando eles estão estimulados, garantem o equilíbrio de tais funções.
Por isso, quando utilizados a partir de prescrições bem elaboradas, ajudam na redução da sensação de dor em pacientes que lidam com esse problema há muito tempo. Além disso, os compostos canabinoides podem ser utilizados em outras questões na prática médica, como é o caso do Alzheimer, do Parkinson, das alterações do período menstrual, de problemas degenerativos, como a esclerose múltipla, e muito mais.
Sem contar que a Medicina Canabinoide é um ótimo tratamento no auxílio de controle dos efeitos colaterais da quimioterapia e outras estratégias utilizadas no combate ao câncer, além de melhorar a qualidade de vida ao otimizar o sono e outros pontos do dia a dia.
Como passar a prescrever Cannabis Medicinal aos meus pacientes?
Ao contrário de outros medicamentos, a graduação em Medicina não necessariamente capacita o profissional para a prescrição da Cannabis Medicinal. Isso acontece porque esses compostos ainda têm um uso recente na prática médica e, portanto, não foram implementados nas graduações, por enquanto.
Sendo assim, a melhor alternativa é optar por pós-graduações ou cursos livres na área. Assim, você pode entender mais sobre a farmacologia dos canabinoides e se unir, então, aos poucos profissionais que têm a qualificação necessária para prescrevê-los.
A boa notícia é que você pode encontrá-los com certa facilidade. Afinal, a Cannabis Medicinal é uma forte tendência atual. Confira, a seguir, algumas maneiras de se especializar.
Pós-graduação
A primeira forma de se especializar é por meio da realização de pós-graduações na área. Esses cursos devem ser devidamente reconhecidos pelo MEC e podem ter a duração média de 12 meses. As pós-graduações podem ser ministradas completamente online, uma vantagem para quem tem a rotina corrida e, ainda assim, gostaria de se qualificar.
Cursos livres
Outra possibilidade de aprendizado sobre o universo da Cannabis Medicinal está na realização de cursos livres. Eles também podem ser ministrados online e têm duração consideravelmente menor, por volta de apenas 30 horas. São uma opção válida para quem ainda não deseja se especializar, mas busca mais conhecimento sobre o tema.
Como podemos ver, a relação entre dor crônica e Cannabis Medicinal é muito direta. Ainda que esse medicamento não traga a cura das causas-base, colabora muito com a redução de sintomas e a eficácia dos tratamentos.
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