Entre os dias 16 e 19 de outubro de 2024, Campinas (SP) foi palco do XXXI Congresso Brasileiro de Neurologia, reunindo especialistas e pesquisadores de todo o país. Entre eles, Kevin Gustavo, aluno da 5ª série de Medicina (10ª etapa) da Universidade Anhembi Morumbi, campus São José dos Campos, apresentou um trabalho científico que aponta novas direções para o tratamento da epilepsia.
Kevin apresentou o pôster científico intitulado “Comparação de circuito aberto versus circuito fechado de estimulação vagal transcutânea no controle autonômico de indivíduos saudáveis: novas direções para tratamento da epilepsia”.
O estudo foi desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e recebeu financiamento do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), fomentado pelo CNPq.
O objetivo da pesquisa é testar um protótipo inovador que realiza a estimulação auricular do nervo vago de forma sincronizada com a respiração do paciente. Essa abordagem representa um avanço significativo, especialmente no Brasil, onde a estimulação vagal ainda é realizada majoritariamente de maneira invasiva, com cirurgias para implantação de eletrodos diretamente no nervo.
O Avanço na Estimulação Vagal
Uma técnica amplamente utilizada no tratamento de condições como a epilepsia. Até recentemente, a maior parte das intervenções era invasiva, exigindo procedimentos cirúrgicos complexos. No entanto, com a evolução tecnológica, surgiram estimuladores transcutâneos, como a estimulação do ramo auricular do nervo vago, que eliminam a necessidade de cirurgia.
O estudo apresentado por Kevin deu um passo além ao investigar a hipótese de que sincronizar a estimulação vagal com a respiração do paciente poderia potencializar os efeitos terapêuticos. O protótipo desenvolvido pelo grupo de pesquisa da UNIFESP utiliza um cateter nasal sensível às oscilações de temperatura para reconhecer a expiração do paciente e, assim, aplicar o estímulo elétrico vagal.
Os resultados foram promissores. O estudo randomizado conduzido por Kevin demonstrou que o protótipo gerou uma modulação vagal significativamente maior, confirmando a hipótese inicial. Essa abordagem individualizada, que ajusta a estimulação vagal aos parâmetros fisiológicos de cada paciente, representa um marco no conceito de Medicina de Precisão.
Além disso, ao apresentar alternativas menos invasivas e mais eficazes, o estudo abre portas para o desenvolvimento de novas tecnologias no tratamento de doenças neurológicas e reforça o papel de jovens pesquisadores brasileiros na produção de ciência de impacto global.
A participação de Kevin no congresso reflete o compromisso da Anhembi Morumbi em incentivar a pesquisa científica e formar profissionais preparados para transformar a medicina. Representar a universidade em um evento de tamanha relevância e apresentar uma pesquisa inovadora é motivo de orgulho e inspiração para toda a comunidade acadêmica.
Parabéns, Kevin, por contribuir para o avanço da ciência e da saúde! Que este seja apenas o começo de uma carreira brilhante.
Saiba Mais:
🔗 Acesse o trabalho completo apresentado no congresso [aqui]