Páscoa: Chocolate liberado, mas com moderação

16/04/2025
chocolate pascoa

Especialistas da Inspirali esclarecem os benefícios, e também os malefícios, do doce para a saúde

Páscoa é época de celebração e reflexão, mas também de adoçar um pouco a vida com os deliciosos chocolates. Porém, este doce tão requisitado gera ainda muitas dúvidas e controvérsias em questão de saúde.

Segundo a Dra Érica Godinho Menezes, hepatologista e professora da UniBH / Inspirali, o chocolate, especialmente o amargo, com menor percentual de gordura e açúcares em sua composição e maior concentração em cacau (igual ou acima de 70%), quando consumido com moderação, pode satisfazer o paladar com seu sabor e aroma agradável e traz benefícios à saúde. “O consumo moderado pode trazer redução do estresse, promoção de estado de alerta e melhora do humor. Alguns componentes do chocolate, como a cafeína e teobromina, promovem efeito estimulante direto, enquanto outros benefícios indiretos sobre o humor podem ser secundários ao estímulo à secreção e liberação de serotonina e de endorfinas”, explica Érica.

O chocolate contém polifenóis e flavonoides em sua composição que, por sua ação antioxidante, acarreta benefícios múltiplos ao organismo. A médica explica que o produto possui também ação antiaging (com retardo do envelhecimento celular) e pode causar melhora da circulação sanguínea, contribuindo para a redução de algumas complicações cardiovasculares, além de benefícios à saúde da pele.

A sensação de bem-estar provocada pelo consumo de chocolate é causada pelas substâncias presentes no cacau, que atuam no sistema nervoso estimulando vias desencadeadoras de prazer. É o caso do estímulo à produção de serotonina, que é um neurotransmissor ligado à estabilização do humor e redução de estresse. “O triptofano contido no cacau pode ser utilizado para maior produção e liberação de serotonina, o que gera bem-estar. Outras substâncias ligadas à sensação de prazer e alegria também podem ter sua liberação estimulada pelo consumo de cacau, tais como as endorfinas, anandamida e feniletilamina. Além disso, componentes naturais do cacau, tais como teobromina e cafeína, ainda que em baixas concentrações, têm também efeito estimulante e energético”, complementa a hepatologista.

Porém, é preciso tomar cuidado com aqueles tipos de chocolate com maior percentual de gordura e de açúcares em sua composição e/ou ricos em aditivos tais como aromatizantes e gorduras vegetais, pois, segundo especialistas, quando consumidos em quantidade exagerada, podem acarretar prejuízos à saúde como diarreia, dor abdominal e transtornos do trato gastrointestinal.

Segundo o Dr. Marcelo Martins, médico cardiologista e professor da UniBH / Inspirali, o consumo excessivo de chocolate equivale a um consumo excessivo de açúcar e de gordura, e ambos podem trazer malefícios para a saúde. “O açúcar simples conta com alto teor energético e predispõe um risco para sobrepeso e obesidade e, como consequência mais distante, riscos também para aqueles pacientes que possam ter doenças que pioram o seu controle com o consumo excessivo de açúcar, como o diabetes ou até o desenvolvimento de diabetes muito associada à obesidade. Para pacientes diabéticos, o consumo excessivo pode ser particularmente nocivo, pois gera um descontrole glicêmico importante. Mas, mesmo para aqueles que não são diabéticos, é importante entender que esses produtos são industrializados e, mesmo que naturais, são enriquecidos em açúcar e ricos em gorduras. Além do ganho de peso, podem contribuir como fatores de risco para outras doenças como insuficiência cardíaca, hipertensão ou até um infarto”, exemplifica Dr Marcelo.

Portanto, com moderação, pode ser consumido por todos, e a média ideal pode variar de indivíduo para indivíduo, considerando-se suas condições prévias de saúde. “Pode-se considerar como média moderada para a população em geral um consumo que varia entre 20 a 30 gramas de chocolate por dia, um pouco maior ou menor dentro dessa faixa a depender da composição do chocolate e das condições individuais”, indica Dra Érica. A especialista explica que outros alimentos podem substituir o chocolate em questão de saciedade, como alimentos ricos em fibras, gorduras de melhor qualidade, proteínas, minerais e vitaminas, que aliviam a necessidade de consumo de doces. Alguns exemplos são frutas, frutas secas, iogurtes, alimentos oleaginosos, chips de frutas e/ou de cacau ou à base de oleaginosas, entre outros.

“Nenhum alimento individualmente ou em doses moderadas vai ser responsável pela derrocada e nem vai salvar a vida de ninguém. Uma dieta regular é algo que traz benefício quando feita ao longo de uma vida inteira. Esses benefícios só vão ser recebidos se mantivermos estes hábitos por muitos anos. Dieta não é igual remédio que atua especificamente em uma molécula do corpo com um objetivo muito claro. Dieta é um hábito de vida e só percebemos as consequências ao longo desta vida. Portanto, é possível sim aproveitar o chocolate de vez em quando, mas com moderação”, finaliza Dr Marcelo.

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