A atenção primária é um componente fundamental do nosso sistema de saúde, destinado aos cuidados e serviços mais básicos e essenciais
Atender às demandas de uma população enorme e cheia de complexidades é um dos grandes desafios de um país de proporções continentais, como o Brasil. No entanto, existem estratégias que podem ajudar bastante nesse sentido. Pensando nisso, preparamos este conteúdo mostrando o que é, quais os objetivos e importância da atenção primária à saúde.
Trata-se de um componente essencial e mais básico do sistema, capaz de oferecer desde o primeiro atendimento para o paciente, até acompanhá-lo na comunidade, divulgar orientações de prevenção, realizar campanhas de vacinação e muito mais. Continue sua leitura e aumente seus conhecimentos sobre o tema!
O que é atenção primária à saúde?
Como você já deve ter ouvido falar, a atenção primária à saúde, também conhecida como APS ou cuidados primários de saúde, é um componente que se destina a prestar os serviços mais essenciais e básicos à população. Em outras palavras, é uma “porta de entrada”, no qual o paciente costuma ter o primeiro ponto de contato e um atendimento de maior abrangência.
A proposta é ser amplamente acessível e se correlacionar diretamente com a comunidade, oferecendo abordagens, tratamentos e campanhas em sintonia com a realidade local. A essência não é apenas abordar as doenças ou agir em condições específicas, mas sim, de oferecer um cuidado contínuo, próximo do ambiente cotidiano dos indivíduos e da sociedade.
Qual a importância da atenção primária à saúde?
No sistema de saúde do Brasil, a atenção primária à saúde é muito importante e pode ser considerada um componente fundamental. Isso se dá por conta da grande capacidade de atuar sobre algumas das principais demandas e problemas da população, mantendo a qualidade de vida e promovendo o bem-estar da comunidade como um todo.
Por meio da estratégia, o médico e a equipe multidisciplinar lidam com os desafios emergentes e abordam patologias em fases iniciais, evitando os custos e o funil da alta complexidade. Por isso, a APS está se consolidando como investimento de ótimo custo-benefício para o poder público, reduzindo os gastos totais e, por exemplo, as internações hospitalares.
Quais os princípios da atenção primária à saúde?
Ela é regida por alguns princípios, que visam a otimizar a relação da própria estratégia com os pacientes, dentro do contexto de país em que vivemos. Um deles é a universalidade, ou seja, garantir que o acesso aos serviços não apenas seja fácil e simplificado, mas também, permitido para todos, sem distinção.
Falando nisso, outro princípio é a equidade, em que a equipe deve atuar prestando a assistência necessária para cada usuário, sem distinção, respeitando as individualidades e diversidades. Já a integralidade preconiza que a assistência à população ocorra de forma integral, atendendo às necessidades em diversos campos.
Quais os estabelecimentos da atenção primária à saúde?
Um ponto muito importante para quem deseja atuar na atenção primária à saúde é conhecer os principais estabelecimentos envolvidos na estratégia. O modelo é assistencial, buscando entender as necessidades da população e se aproximar dela, fazendo com que a sociedade tenha fácil acesso aos profissionais e à equipe multidisciplinar.
Geralmente, o médico que atende é especializado em Medicina de Família e Comunidade. Ele presta ações e serviços, usualmente, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas Unidades de Saúde da Família (USF), presentes em locais estratégicos e integrados com a Vigilância em Saúde, uma medida preventiva essencial para o sucesso do sistema.
Quais os objetivos da atenção primária à saúde?
Além dos princípios norteadores, existem alguns objetivos específicos na atenção primária à saude. Um deles é a Atenção ao Primeiro Contato, ou seja, de ser um serviço acessível e fácil para a população. Outro é a Continuidade do Atendimento, pois a assistência deve ser feita de forma regular e contínua.
Já a Integralidade do Serviço e a Coordenação e Integração do Cuidado organizam os fluxos e a possibilidade de visitas domiciliares, reuniões com a comunidade e ações intersetoriais. A APS é o lugar certo para adultos, crianças, idosos, gestantes e qualquer pessoa que precise de ajuda, sendo realmente uma porta de entrada para o sistema de saúde.
Quem faz parte da atenção primária à saúde?
Basicamente, podemos dividir em duas equipes. Elas contam com várias similaridades, mas também, algumas diferenças entre si. Confira.
Equipe de Saúde da Família (ESF)
Dentro de todo o contexto de cuidados que precisamos disponibilizar para a população em nosso sistema, a Equipe de Saúde da Família é muito importante e tem como grande objetivo impactar positivamente a coletividade. Na composição, é essencial a figura do médico, que pode ser generalista ou especializado em Medicina de Família e Comunidade, embora isso não seja obrigatório em muitos locais.
Além disso, é fundamental contar com o enfermeiro, que também pode ser especialista na área. Ainda fazem parte da equipe principal o auxiliar e/ou técnico de enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde (ACS), cujo quantitativo é definido a partir de critérios socioeconômicos, demográficos e epidemiológicos da região.
Equipe da Atenção Básica (EAB)
Dentro do conceito da atenção à saúde primária, também é possível que uma área possa contar com uma Equipe da Atenção Básica, cuja composição conta com um médico, enfermeiro, auxiliares ou técnicos de enfermagem. A grande diferença para a ESF é que o ACS não é obrigatório na equipe principal, embora possa vir a fazer parte.
A composição de profissionais obedece às características e necessidades da região, com configurações que estejam em sintonia com as demandas do local, e, dependendo do caso, pode se idêntica à da Equipe de Saúde da Família (ESF). Também é possível que haja um NASF (Núcleo Ampliado de Saúde da Família) atuando em conjunto, que pode oferecer melhor suporte clínico, pedagógico e sanitário.
Agora, você já sabe o que é atenção primária à saúde, bem como os objetivos e importância desse atendimento. Lembrando que é preciso se especializar para cuidar dos pacientes e conseguir os melhores cargos, o que é possível por meio de um bom curso de pós-graduação médica.
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